INTRODUÇÃO
Eu gostaria de relatar neste estudo sobre uma área importante da Igreja, que tem sido abandonada neste mundo pós-moderno. Hoje chegamos à Igreja assistimos ao culto e depois vamos embora sem querer nos relacionarmos e termos comunhão com o próximo.
Eu gostaria de relatar neste estudo sobre uma área importante da Igreja, que tem sido abandonada neste mundo pós-moderno. Hoje chegamos à Igreja assistimos ao culto e depois vamos embora sem querer nos relacionarmos e termos comunhão com o próximo.
Ao vemos o relato da criação no começo da Sacra Escritura, é muito interessante repararmos que o mundo foi criado em áreas especificas; e uma destas áreas se chama: ÀREA RELACIONAL (Gn 2:18). Neste texto Deus cria a mulher para se relacionar com o homem, não só no sentido sexual, mas, também, no sentido da amizade e do companheirismo. O próprio Deus mostrou o quão é importante que o homem se relacione com outro da mesma espécie.
Mas, quando houve a queda esta área como as outras foram corrompidas, em Gn 3:12 e 13, quando Deus foi conversa com eles para vê o que aconteceu, um começou a jogar a culpa no outro e não assumiram seus erros; Adão jogou a culpa em Eva, e Eva na serpente. Em Gn 4, vemos a famosa história de um irmão que mata o outro por causa da inveja: Caim e Abel. Por consegüinte, reparamos que os seres humanos não sabem mais se relacionarem.
Mas em toda a bíblia vemos que Deus tenta restitui esta área. No decálogo, existem 6 mandamentos para o homem se relacionar melhor com o semelhante. E quando Jesus veio a este mundo, Ele nos ensinou a amarmos o nosso próximo (Mt 22:38 e 39). Quando amamos o nosso próximo como a nós mesmo, não queremos o mal para o nosso semelhante, pois não queremos para nossa existência.
Para mostrar a importância da área relacional e a união dos irmãos no meio da congregação quero meditar em um texto. É o famoso Salmos 133.
Análise do texto (Salmos 133)
“O quão bom e agradável viverem unidos os irmão”
Vemos que este salmo davítico, quer mostrar a importância do povo de Deus viver em adesão. Na época em que este salmo foi escrito, estava havendo uma desunião entre o povo de Israel para com os outros povos. Como sabemos no Antigo Testamento tinha-se a idéia de um Deus tribal, que operava no meio da tribo Israelita; e este povo pensava que somente eles tinham o direito de prestar culto a este Deus, e as pessoas de outras nações não tinham o mesmo direito. No decorrer do livro de salmos salienta-se que o povo de Israel tinha como dever anunciar entre as nações a glória de Deus, e quando eram anunciadas conseqüentemente pessoas reconhecia o Javé como o único Deus. Ao passar do tempo o Israelitas começaram a desprezar as pessoas que eram de povos diferentes, mas que adoravam o mesmo Deus do que eles. Então o salmista está querendo deixar notório no inicio deste capítulo, que as pessoas que crêem em Javé, são importantes para a vida de comunhão; não importa de qual nação seja. Mostra a importância do povo de qualquer aldeia vim ao templo prestar culto.
“...é como o óleo precioso...”
Imagino eu que quando Davi escreveu este Salmo, começou relatando o quão é importante que os irmãos vivam união; mas, no entanto, não ficou satisfeito em escrever só esta frase e começou a pensar: Como eu posso mostrar para este povo a importância da unidade? Como ele queria deixar claro isso ao um povo judeu, talvez tenha começado a se lembrar de objetos e ritos judaicos importantes; e assim fez uma analogia destes objetos e ritos com a Comunhão.
O óleo era um simbolismo de extrema importância aos judeus. Vamos ver para que o óleo servia e fazer a semelhança com a unidade do povo de Deus.
1º O Óleo servia para santificar e consagrar o Sacerdote (Êx 28:14). O óleo tinha este ativismo de santificar e consagrar e assim entendemos o que Davi quis dizer. Logo, um povo que vive unido automaticamente é um povo santificado e consagrado a Deus.
2º Ele também servia para marca um objeto ou uma pessoa para Deus. É notável que o salmista quisesse referir de um povo que vive uma união pragmática, é um povo marcado por Deus e por Sua glória.
3º Podemos fazer uma alegorização com o Espírito Santo (Lc 4:18). Neste texto não podemos falar que o salmistas quis dizer do Espírito Santo. Mas nos dias de hoje pode fazer este paralelo, pois sabemos que o Espírito Santo é comparado ao óleo. Então ao pensarmos hoje, que um povo unido é um povo que tem a presença do Espírito Santo movendo, está correto. E é esta presença que promove a unidade do corpo.
“...a barba de Arão...”
Igualmente ao tópico em cima vamos ver o simbolismo da barba e fazer a comparação com a comunhão.
1º A barba simboliza sabedoria e austeridade Moral. No texto mostra que o óleo desce sobre a barba de Arão, e vimos que o óleo serve para santificar, consagrar e marcar. O que dá para entender?
Assim é o povo que vive unido ele é santificado em sua sabedoria e moralidade, e são marcados por Deus. Portanto, este povo será um povo Sábio e de moral e conseqüentemente refletirá na vida da sociedade.
2º Por que Arão? Este tinha tradição entre o povo, devido ao seu caráter de patriarca e fundador da classe Sacerdotal. É isso mesmo, a mesma moral de um individuo igual a Arão, assim é a moralidade do povo de Deus que vive a união.
“....a gola das suas vestes...”
Aqui não tem muito que relatar. A gola aqui, quer falar dos frutos. Quero te fazer uma pergunta, tem como um corpo andar se teus membros estão espalhados? Claro que não! Se uma igreja quer crescer em quantidade e qualidade, se ela que ser uma igreja que produza frutos; tem que estar unida. Lembrando que os frutos produzidos por um povo unido serão frutos de santidade, consagração e frutos que tem a marca de Deus, (pois o óleo desce pela gola de suas veste). A igreja unida produzirá frutos santos, consagrados e marcados para Deus.
“...é como o orvalho de Hermom, que desce sobre os Montes de Sião...”
É muito interessante esta comparação. O Monte sempre foi um lugar onde os Judeus imaginavam que era a moradia de Javé, como diz aquele salmo, “...elevo meus olhos para o monte, de onde me virá o socorro? Meu socorro vem do Senhor que criou os céus e a terra...” e não simplesmente no imaginário judaico mas o próprio Deus afirmava que habitava no monte. Vamos analisar a analogia do orvalho de Hermon, montes de Sião com a união.
Sião é uma aglomeração de montes, e no meio destes montes o maior é o monte Hermom (onde foi construído o templo de Salomão), e o pico deste monte é tão alto que há neve em seu cume, e é dela que vem o orvalho. E orvalho é considerado benção! Pois do orvalho vem à água, que vem a vida, que vem a natureza e que é o bem mais Precioso; e se torna interessante o derreter desta neve, pois através dela começa o nascente do rio Jordão, que leva esta vida à natureza a quilômetros distante. Olha que lindo! Da mesma forma é o povo de Deus que vive unido. Deus do seu trono em cima “do monte”, derrama seu Orvalho (Benção), sobre este povo, fazendo que ele gere vida e floresça e leve esta vida florida a distância. Que maravilhoso, um povo unido é um povo abençoado pelo o Altíssimo, e é um povo que gera uma “natureza florida” em seu meio e leva isso à diante. Quão maravilhoso é um povo que vive em união!
“...Ali ordena o Senhor a sua benção e vida para sempre...”
Que benção será que ele ordena? É as bênçãos conforme o texto mostra que serão dadas conforme o povo se unir. Este texto mostra a extrema importância da igreja de Cristo está unida.
CONCLUSÃO
Que possamos buscar o entendimento da importância da união na vida da Igreja. Acredito que uma das maiores áreas que a igreja tem falhado é a área relacional. Mas, que nós como povo de Deus possamos nos desperta e lutar por essa área e causa, através do Espírito Santo de Deus. Que a igreja do Senhor volte a ser uma igreja cheio de vida e amor!
Maurício Montagnero.
2 comentários:
'Oh quão bom e maravilhoso que irmãos com sabedoria igual a sua, partilham-na para iluminar a mente de muitos'.
Obrigado
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